O jornalismo tem seu próprio código de ética definido. Mas muitos questionam se o “Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros” está realmente sendo cumprindo conforme deve ser.
A Ética Jornalística é um conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo. Ela se refere à conduta desejável esperada do profissional no seu dia a dia de trabalho. Uma boa produção jornalística deve ser objetiva, imparcial, precisa e verdadeira. Algo em que o público possa depositar confiança. Mas até que ponto podemos buscar e divulgar informações sem deixarmos a ética de lado?
Imediatismo é importante e exclusividade é um atrativo a mais. Com isso muitos jornalistas ultrapassam as regras éticas para serem os primeiros a dar a notícia. Mas e se for um boato? E se não ouvirmos o outro lado da história? Um erro jornalístico pode prejudicar muito a vida de um indivíduo.
A Ética Jornalística é um conjunto de normas e procedimentos éticos que regem a atividade do jornalismo. Ela se refere à conduta desejável esperada do profissional no seu dia a dia de trabalho. Uma boa produção jornalística deve ser objetiva, imparcial, precisa e verdadeira. Algo em que o público possa depositar confiança. Mas até que ponto podemos buscar e divulgar informações sem deixarmos a ética de lado?
Imediatismo é importante e exclusividade é um atrativo a mais. Com isso muitos jornalistas ultrapassam as regras éticas para serem os primeiros a dar a notícia. Mas e se for um boato? E se não ouvirmos o outro lado da história? Um erro jornalístico pode prejudicar muito a vida de um indivíduo.
O jornalista de hoje
trabalha com ética? O que podemos fazer para combater a falta dela? O que
podemos esperar do sensacionalismo? Estamos aqui com a Professora Vânia Tajra
do curso de jornalismo da Faculdade 7 de setembro para responder algumas
perguntas e conversar sobre o assunto.
Existe ética no jornalismo brasileiro? E como se aplica?
A
transformação do jornalismo social para o jornalismo comercial acaba inibindo o
processo ético em alguns jornalistas. Apesar disso, acredito que o caráter do
profissional está aliado ao caráter do indivíduo e valores que são adquiridos,
devem ser conservados. Se pensarmos assim, pessoas centradas em valores
adquiridos ao longo do tempo acabam por construir matérias informativas e
alicerçadas nos pilares da profissão, como verdade e a busca pela
imparcialidade. A ética no jornalismo brasileiro depende então, do caráter
pessoal de cada profissional. A aplicabilidade do processo ético se dá na forma
de construção da notícia e na forma social de repassá-la.
Como é formar um jornalista nos dias de hoje com base na ética jornalística?
Como parte de um
processo acadêmico, procuramos levar aos futuros profissionais da área,
situações que mostram a realidade de um mercado. O capitalismo selvagem é uma
realidade dentro dessa profissão e acaba induzindo e manipulando o aspecto
social do jornalismo mostrando que a venda da notícia é um mercado promissor. O
que procuramos dentro da formação acadêmica é mostrar lados positivos e
negativos desse mercado, levando o futuro profissional a entender esses
aspectos e refletir sobre eles. Prática e teoria entram em conflito diante
dessa realidade e formar um profissional ético passou a ser um desafio.
Qual é o primeiro passo para ser ético no jornalismo? Como manter a imparcialidade em meio a propostas de empresas ou instituições com o intuito de manipular a situação a favor da mesma?
O primeiro passo para ser ético no jornalismo é ouvir
sempre dois lados numa mesma história. A busca pela imparcialidade é uma
constante nessa profissão e precisa ser exercitada sempre. A melhor forma de
manter a imparcialidade dentro de uma empresa que manipula a informação é
utilizar o conhecimento como forma de argumentação. Uma pergunta bem fundamentada
leva a respostas surpreendentes. Em casos específicos, vale invocar a Cláusula
da Consciência, que protege o jornalista de situações duvidosas.
A ética e o sensacionalismo podem andar juntos?
Difícil conciliar os dois processos a partir do momento em
que sensacionalismo passou a ser sinônimo de “impacto” e não mais de
“sensacional”. Mas o aspecto cultural do receptor que temos hoje nos meios
tradicionais e abertos, como a TV, é que de certa forma, dita as regras da
informação no Brasil. A briga pela audiência, pelos números indicadores, rege a
formatação da notícia e os acontecimentos chocantes ou impressionantes são mais
observados e mais visualizados pelos receptores. Dessa forma, alguns autores,
com Mário Erbolato, já colocam como características da notícia o “impacto”, a
“aventura” e o “conflito”. São processos éticos e dependendo da intensidade na
forma de veiculação podem ser caracterizados como sensacionalistas ou não.
Você acredita no jornalismo que é feito no nosso país?
Acreditar ou não
depende das escolhas e do grau de percepção de cada indivíduo. O olhar do jornalista na construção de uma
nova informação deve ser um olhar que leve à formação de opinião pelo receptor.
Por outro lado o receptor deve saber discernir o que recebe daquilo que
percebe. Para avaliar se o jornalismo que temos hoje no Brasil é passível de
credibilidade ou não, é preciso ter conhecimento ou várias visões sobre uma
mesma informação.
E o que os futuros jornalistas podem fazer para mudar isso?
A melhor
forma para mudar essa realidade seria a retomada da discussão pela
regulamentação dos meios de comunicação tradicionais. A democratização dos
meios levaria a uma maior variedade de pensamentos e automaticamente de
programações diferenciadas. Dessa forma a informação seguiria os padrões
técnicos e éticos inerentes do processo jornalístico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário